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PESSOAS

Resenha: Escassez de mão de obra qualificada

Por: Vania Dall’Agnol

Atualmente a falta de mão-de-obra qualificada, bem como, a carência de profissionais criativos, pró-ativos, os chamados talentos estão cada vez mais escassos. Principalmente, com o cenário da economia que mostra positivo e com excelentes perspectivas de  crescimento.
Mas o que fazer quando a demanda por profissionais qualificados é maior que a oferta? Os setores da indústria, comércio e serviços já se ressentem desta necessidade.
Muitos executivos de grandes companhias estão buscando alternativas. Como por exemplo Lilian Guimarães (vice-presidente de RH do Grupo Santander Brasil), que reconhece o cenário chamado apagão de talentos, mas que acredita haver uma desconexão entre muitas pessoas desempregadas e muitas vagas de emprego, sem uma ponte que ligue uma coisa a outra. Ela defende "Precisamos aprender a preparar os profissionais disponíveis para as vagas em aberto em vez de continuar tirando as pessoas de outras empresas, normalmente concorrentes". Segundo ela, isso gera uma elevação de cargos e remuneração, promovendo profissionais que nem sempre estão preparados para assumir funções maiores.
Já para Carlos Lubus (gerente de RH da Yara Fertilizantes) acredita que existe muito desperdício no setor de educação, com esforços desassociados, o que gera falta de mão de obra em diversos segmentos, sejam pedreiros, engenheiros ou profissionais de tecnologia. Ele também alertou: "Há uma 'poupança' de pessoas desempregadas e subempregadas que precisam ser resgatadas e capacitadas, caso contrário haverá um grande gargalo humano em breve".
Outra solução que poderia minimizar este cenário que pode se agravar nos próximos tempos seria um investimento real no modelo de Educação Corporativa, onde empresa e universidades/escolas se associam para suprir as carências de qualificações, que com certeza, seria mais eficaz e eficiente com o apoio do governo.
Algumas outras soluções foram defendidas por Lívia Sant’ana (diretora de RH da Mendes Júnior) que defende que o caminho seria atrair pessoas que realmente possuem afinidade com a empresa e sua área de atuação, que trarão ganhos reais aos projetos. E Carlos Lubus que propõe o esforço coletivo e rápido para não deixar passar a janela de oportunidades que o país apresenta no momento. Para ele "O papel das empresas é escancarar as portas para as pessoas, com programas que ajudem a mudar esta situação, seja por meio de estágios, trainees ou outros modelos".